O Museu do Empreendedor do Ensino Superior é um projeto multiplataforma que se compromete a organizar a história do ensino superior no Brasil, com grande destaque para seus protagonistas, os homens e mulheres que dedicaram suas vidas à construção e consolidação de faculdades e universidades que geram e transmitem conhecimento, bem como preservam e movem a economia do país.
No Brasil, o ensino superior particular responde por 75% das matrículas no setor. Desde a Constituição de 1891, no nascedouro da República, passando pela Constituinte Cidadã de 1988, o Estado - sem abrir mão de definir normas gerais - tem garantido à iniciativa privada o direito de implantar cursos e gerar sólidas instituições voltadas para formação de profissionais, pesquisadores e, sobretudo, cidadãos comprometidos com a sociedade brasileira.
No entanto, se as faculdades e universidades privadas se consolidaram como indispensáveis, o fato é que essa presença se construiu em um breve período histórico, notadamente se comparada à dinâmica de outros países.
Ainda mais recente é a criação de entidades, entre as quais o SEMESP se destaca, que representam as mantenedoras não só em suas demandas junto a governos como também perante aos seus diversos públicos, internos e externos.
Natural, portanto, que o legado dessas instituições — e das pessoas que a elas emprestaram e dedicaram seus ideais e talentos — ainda não tenha sido acolhido de forma organizada e colocado à disposição de todos os brasileiros.
É uma tarefa tão grandiosa quanto inadiável, e é a ela que nos propomos, a de contar e preservar a história do ensino superior particular no Brasil.
O trabalho consiste em criar a base de um banco de dados multimídia e de um museu físico a partir da qual possa ser narrada e continuamente atualizada a história do ensino superior. Esse alicerce deve ser estruturado de forma que possa agregar futuramente a própria gênesis de todas as instituições do país.
Para além do imprescindível levantamento iconográfico e documental, a principal fonte de informação, a prioridade desse trabalho será ouvir e registrar os homens e mulheres, os inestimáveis profissionais que deram dimensão a esse universo ainda em movimento.
A partir dessa base sólida e abrangente, o museu avançará de maneira interativa, dinâmica e colaborativa, fazendo uso das ferramentas tecnológicas que permitam o diálogo com visitantes e interessados em contribuir com o aperfeiçoamento do Museu.
Ibrahim Cury vive hoje uma nova etapa de sua vida, acompanhando os movimentos da fazenda. Feliz, lembra do caminho da construção do colégio Radial e depois chegando a Centro Universitário. “Quando vendi a Radial, fiquei com o colégio. Mas não aguentei. Cuidar de 400 alunos, professores e ainda reclamação de pais, descontentes por que um professor disse em sala de aula que Papai Noel não existe. Não dá”.
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